14 agosto 2014

Do tempo que passa

Só aos 28 anos percebi que os 22 já lá vão.

Em pouco tempo faço 29, parece que amanhã já serão 30 e tenho a sensação que agora é que vão ser elas... Como dizia a Carmo, empregada de sempre lá em casa, "depois disso 3zinha, depois disso é um tal correr!..."

Quem passa a barreira dos '-inta', entra num novo mundo, para mim ainda completamente desconhecido. Gerelmente inclui carrinhos e fraldas; exclui noites e passeios a dois. Dizem que é bom, mas não sei, não... Ainda me vejo do lado de cá da fronteira, a olhar para esse horizonte longínquo feito de chupetas e essas coisas estranhas.

Se calhar vou tarde (a julgar por algumas meninas - meninas mesmo - que vejo na consulta, vou tardíssimo...), mas o despertador da biologia ainda não tocou deste lado e por este andar desconfio que quando tocar há de fazer toda a barulheira acumulada em tantos anos. On verá.

De resto, sei lá, olho para o espelho e a única diferença que vejo é mesmo o espelho em si, que antes era o lá de casa e agora é o nosso, dos dois. Mais de resto, tudo na mesma. Ténis, calças de ganga, uma miúda autêntica.

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