30 junho 2011

atão mas é só contar números seguidos...

Ele há coisas que eu não consigo perceber...

Ora, tenho eu, aparentemente, dois sites-de-contar-cliques associados ao meu blogue.

Um - que é aquele de que eu gosto mais - diz que todos os dias tenho, em média, quase 7 entradas (sem contar com as minhas, sim, que isto abre automaticamente e portanto não podem contar!). Nuns dias mais, noutros menos, o total anda aí nos quatro mil e tal que, para quem não estava a contar com nada, é bem bom! Se calhar é uma grande peta, mas não quero saber.

O outro, que não sabe contar de certeza, diz "nadinha de nada". Não há uma única pessoa a entrar aqui. E dá-se ao trabalho de me mandar todas as semanas um e-mail inteirinho com uma tabela onde aparecem todas as horas de todos os dias com zeros e zeros empilhados numa autêntica torre de vergonha. Um só clique por dia - o meu - já era mau, mas zero? Valha-me São Judas Tadeu, santo das causas perdidas...

Vai daí, vou apagar este segundo contador-da-treta. Já o teria apagado, não fosse o pormenor de entretanto me ter esquecido de como isso se faz...

27 junho 2011

Baile de Finalistas

Para mais tarde recordar, aqui fica a chapa do Baile de Finalistas Santana 2011.



Muito obrigada à Inventus, pela ajuda na organização e decoração!
Muito obrigada ao Hotel Império, pelo catering!
Muito obrigada à Fio de Luz Fotografia, pelas imagens!
Muito obrigada ao Tomás Barradas, pelo som!

Memorável...

[wishlist] 2. férias

palavras para quê?


10 junho 2011

Portugal

É certo e sabido
que Portugal recém-nascido
foi logo, pelo nosso Rei,
pelo Clero,
pela Nobreza
e pela Grei,
oferecido,
com alvoroço
e grande alegria
à Virgem Nossa Senhora,
Santa Maria.
E, como excelsa Madrinha,
o aceitasse,
o abençoasse,
o criasse
e dele fizesse
um Homem,
um Santo Varão,
que dilatasse a Fé,
como bom cristão,
e levasse
e espalhasse,
desde o Tejo ao Industão,
desde o Dáfundo a todos
os recantos do Mundo,
o Evangelho,
a Verdade,
O Amor fraterno,
a Caridade,
e, assim, fizesse
muita cristandade.

E Nossa Senhora, sorrindo,
o tomou,
o acariciou,
o beijou,
e, ao divino peito,
o aconchegou.

E, depois?
Depois,
Ourique!
Aljubarrota!
Ceuta!
Madeira!
Açores!
Guiné!
Cabo Verde!
Angola!
Boa Esperança!
Moçambique!
Índia!
Brasil!
«folares» aos mil...
E, ainda,
a China!
o Japão!
Austrália!
Timor!
enfim, fez dele,
com galardão,
o facho da Renascença,
da Civilização
pioneiro,
Senhor de imensos domínios
e das rotas do
Mundo Inteiro.

Nos Domingos de Ramos,
Ramalhete do afilhado,
Mosteiro de Alcobaça,
da Batalha,
dos Jerónimos,
a Sé da Guarda
e outras formosas
catedrais...
E que mais?
Lindas Igrejas,
ermidas
e capelas
e, entre todas elas,
uma das mais belas,
são actos,
são factos,
uma flor
de amendoeira - a igreja
de Outeiro de Gatos.

E porque um dia pecou,
por cobiça e luxúria,
por sessenta anos,
o castigou,
sob o jugo espanhol,
mas, condoída por
tanta afronta sofrida,
o chamou
e lhe perdoou.
E Nossa Senhora
consentiu,
embora pareça coisa feia,
que desse à irmã Espanha,
uma valente tareia...
(juro, pelos Meus,
que a sova teve
a benção de Deus).

Reconhecido,
agradecido,
o afilhado,
à Virgem
ofereceu
o melhor que tinha de seu:
a Coroa Real,
para que, por todos os séculos
dos séculos além,
fosse Padroeira
e Rainha
de PORTUGAL!
Amen!

José de Abrunhosa
(1904-1973)
Do Jornal «A Guarda» de 15-03-1968