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21 maio 2013

"Desfado", Ana Moura





Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum

Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente

Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe
Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste

Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse"
E lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro

Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande incerteza de não estar certa de nada


Letra e música de Pedro da Silva Martins
Repertório de Ana Moura

06 fevereiro 2012

[Podia ter sido] Arquitecta

Sempre gostei de arquitectura.

Desde cedo que me lembro de rascunhar nos cadernos diários pseudo-plantas de casas imaginárias que, modéstia à parte, me parecem ainda agora fantásticas. De facto, não foi por acaso que em tempos soube perfeitamente responder à pergunta do Trivial Pursuit sobre o prémio que reconhecia a qualidade arquitectónica dos novos edifícios construídos na cidade de Lisboa, o Prémio Valmor. Estranhei que mais ninguém soubesse.

Realmente, acho fascinante esta arte de projectar o ambiente urbano, gerir a organização do espaço com vista ao seu ordenamento mas nunca descurando o aspecto estético. Ele é, aliás, fundamental. Na verdade, tenho alguma inveja de quem pode partir de uma folha em branco e criar algo tão palpável como o sítio onde alguém virá a viver. Daí que tenho o sonho secreto de um dia poder projectar a minha própria casa. Pode sair uma foleirice qualquer, mas pelo menos eu vou gostar. Muito!



Imagem daqui.