25 maio 2015

Coisas que (não) acontecem

Num dos eventos a que fui este fim-de-semana, aconteceu uma coisa interessante.
À porta da casa de banho das senhoras, o habitual: uma fila de gente de perna cruzada, que chegava quase a Marte. 
Do lado dos homens a coisa fluía melhor: entra - faz - sai. Tudo normal. Aliás, fluía de tal maneira que entupiu e fluiu tudo cá para fora. Claro que teve que entrar a equipa de mergulhadores para limpar o chavascal em que aquilo se transformou... E, pronto, em menos de nada havia uma outra fila igualmente longa, paralela à das senhoras, cheia de contestatários! Que parecia impossível, que homem que é homem não faz fila à porta da casa de banho, que se era para aquilo, antes fazer pelas pernas abaixo, que ali é que não ficavam! Mas ficaram, muito divertidos - feitos parvos porque se tivessem que fazer fila de cada vez que queriam ir à casa de banho, já não achavam tanta gracinha. Bom, claro que em menos de nada já a casa de banho estava operacional e eles deram cabo da fila que foi um instantinho...
Ainda assim, foi extremamente divertido! Não conheço muitas pessoas que já tenham visto uma fila de homens a porta de uma casa de banho pública... Um fenómeno!

20 maio 2015

De elefante

Parece anedota (que parece!), mas ainda ontem aconteceu à minha frente.

Uma senhora dos seus 80 anos, muito bem posta, vem à consulta de ginecologia. Naturalmente, deixa o marido à porta, aguardando. Fazem-se-lhe as perguntas da praxe, se tem doenças conhecidas, se tem alergias, se toma medicamentos...
- Tomo, sim, Sra. Dra.
- E trouxe-os?
- Ah, não!
- E os nomes, sabe-os?
- Sei sim!
- Diga, então.
- Olhe, tomo um para a memória.
- Qual é?
- Ah, o nome não me lembro...
- E os outros?
- ... ... ... Olhe, dos outros também não me lembro.

Eficazes, estes comprimidos para a memória...

18 maio 2015

Bicampeão nacional

Claro que fui comemorar o 34º! Esperei que a equipa aterrasse e ala para o Marquês. Cantou-se, saltou-se, gritou-se e agitaram-se os cachecóis. Marquês ao rubro, grande festa! Depois uns idiotas decidiram entrar em modo arruaceiro, pegaram-se à pancada e eu voltei para casa. Foi uma grande festa, enquanto foi festa. E agora, rumo ao 35 que para o ano há mais!



13 maio 2015

A propósito do vídeo das miúdas que batem no rapaz

Tenho que admitir que só vi os primeiros minutos e me senti absolutamente esmagada. Mais que vergonha ou pena, senti-me triste. Talvez não devesse dizer isto, mas o que passa pela cabeça daquelas duas pessoas interessa-me muito pouco. A facilidade com que maltratam outra pessoa... Não sei de quem é a culpa (é da sociedade, é da genética, é do que quiserem), mas sei que quem chega a este nível de baixeza terá certamente muita dificuldade em vir a ser alguém decente.
Interessa-me, sim, aquele rapaz (e todos os outros e outras que vão passando pelo mesmo) porque me custa verdadeiramente sequer pensar no sítio escuro onde está. Entrou em modo de sobrevivência, é certo, não reagindo ao ataque. Mas o que sente uma pessoa que se vê nesta situação de pura vulnerabilidade é assustador só de pensar. E só pode deixar marcas que não se esquecem... Mas espero que o tornem mais forte.
Sei que não se aprende nada em caixas de comentários, mas incomodou-me também a forma leviana com que alguns diziam "se fossem minhas filhas sabia bem o que lhes fazia!", porque todos eles são filhos de alguém que talvez até tenha dado o melhor de si durante todos estes anos. Mas principalmente porque vendo aqueles primeiros minutos senti que estaria de cabeça perdida fosse meu filho o rapaz ou as raparigas e em nenhum dos casos saberia o que fazer.
Até tenho um nó na garganta.