13 maio 2015

A propósito do vídeo das miúdas que batem no rapaz

Tenho que admitir que só vi os primeiros minutos e me senti absolutamente esmagada. Mais que vergonha ou pena, senti-me triste. Talvez não devesse dizer isto, mas o que passa pela cabeça daquelas duas pessoas interessa-me muito pouco. A facilidade com que maltratam outra pessoa... Não sei de quem é a culpa (é da sociedade, é da genética, é do que quiserem), mas sei que quem chega a este nível de baixeza terá certamente muita dificuldade em vir a ser alguém decente.
Interessa-me, sim, aquele rapaz (e todos os outros e outras que vão passando pelo mesmo) porque me custa verdadeiramente sequer pensar no sítio escuro onde está. Entrou em modo de sobrevivência, é certo, não reagindo ao ataque. Mas o que sente uma pessoa que se vê nesta situação de pura vulnerabilidade é assustador só de pensar. E só pode deixar marcas que não se esquecem... Mas espero que o tornem mais forte.
Sei que não se aprende nada em caixas de comentários, mas incomodou-me também a forma leviana com que alguns diziam "se fossem minhas filhas sabia bem o que lhes fazia!", porque todos eles são filhos de alguém que talvez até tenha dado o melhor de si durante todos estes anos. Mas principalmente porque vendo aqueles primeiros minutos senti que estaria de cabeça perdida fosse meu filho o rapaz ou as raparigas e em nenhum dos casos saberia o que fazer.
Até tenho um nó na garganta.

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