31 dezembro 2011

Desejos

Recebi de uma amiga e gostei muito!
Subscrevo inteiramente. 'Bora lá para 2012!


E para 2012 não vai nada, nada, nada...

TUDO!!

Estou no espírito do "I've got a feeling", simplesmente porque 2012 não pode (de maneira nenhuma - não pode!) ser pior do que foi este ano que agora finalmente acaba. Por favor!...

Xauzinho 2011 e não voltes nunca mais.


30 dezembro 2011

Ferrero Rocher

Bolas, devo ter andado mesmo distraída!!

Então não é que houve praí uma mega festa/desfile/campanha Ferrero Rocher e me passou completamente ao lado?!

Foi há pouco mais de um mês e não faltou o mordomo, nem o Rolls Royce, nem uma data de meninas vestidas a rigor passeando-se pelos Aliados, no Porto e pelo Chiado, em Lisboa.

Ai Ambrósio... porque é que não me avisou?!!




Está tudo aqui.

29 dezembro 2011

Pino!

Pronto, está aqui o vídeo do meu pino para comemorar os 15 seguidores!! yey!

Ora bem, qual é a vantagem de ter uma cozinha estreitinha? É esta:


Atão achavam que eu ia por-me aqui a fazer o pino? Talvez nos 16, pronto...

Engraçadinhos, hã??

Mal eu disse ali atrás que fazia o pino se tivesse 15 seguidores, apareceu logo mais alguém para me obrigar a fazer a figurinha triste... Vá lá, vá, pronto, vou ali fazer o pino, já volto com a fotografia.

28 dezembro 2011

New Year's Eve

Há que tempos que não ia ao cinema... fui ontem. Verdade seja dita, vejo um filme uma vez por outra, mais para distrair do que propriamente por amor à sétima arte. Daí que geralmente opte por filmes levezinhos, daqueles que não almejam grande sucesso ou reconhecimento, mas que são bem dispostos e agradáveis, que para tristezas basta a vida real... Então, ontem fui ao cinema com o J. e fomos ver o "New Year's Eve". É uma série de estórias de solteiros e casados, novos e menos novos, com recomeços e segundas oportunidades, amor, perdão, esperança - o costume - que se passam no centro de Nova Iorque na véspera do Ano Novo, a noite em que tudo é possível. Tem para lá de montes de gente conhecida, é engraçado e nem sempre previsível. Cumpre perfeitamente o propósito: recomendo!



Epá, é o "O Bairro do Amor"

Tenho para mim que há que respeitar um compositor/cantor que mantém durante décadas um sucesso com uma música cujo refrão começa com "Epá".


Dueto improvável: Jorge Palma e Lena d'Água - O Bairro do Amor.
Programa "Deixem Passar a Música", em 1986 na RTP1.

27 dezembro 2011

Onde está a crise??

Não deve ser por aqui...
Ontem fui fazer a ronda tradicional de 26 de Dezembro - gosto dos sapatos mas estão grandes, as luvas descosidas, e a pulseira cai-me da mão - para trocar alguns dos presentes do Natal. Poderia dizer que estava muita gente no El Corte Inglês (e era verdade), mas houve a "Black Friday" do costume e a enchente era tal que o problema começava sensivelmente a um quilómetro e meio do centro comercial, que é o mesmo que dizer uma horinha de trânsito para atravessar a Praça de Espanha e subir a António Augusto de Aguiar... Oh my God!! Era só gente a arrastar sacos e saquinhos escadas acima e escadas abaixo, a acotovelar-se, bancadas completamente atulhadas de roupa e funcionários em absoluto esgotamento. E ainda falam da crise!

24 dezembro 2011

Querido Pai Natal,

Este ano não peço muito. Queria só que me dissesses que isto tinha acabado e tinha ficado tudo bem...

22 dezembro 2011

gosto do Inverno



A minha irmã tem razão: ela faz anos antes do Verão, tem mais roupa fresca, eu faço depois, tenho mais roupa de Inverno. E agora começa o meu reinado. Ainda vou pensar se lhe empresto aquela camisola ou o outro casaco. Porque na verdade, quando a nossa irmã tem tanta pressa e sai de casa com um até logo de fugida, sem olhar para nós, é porque leva qualquer coisa nossa...

19 dezembro 2011

Mala preta

Há cerca de 500 anos que preciso de comprar uma mala preta. Qual é o problema? É que de cada vez que saio à rua para comprar uma malita preta, volto com uma cinzenta ou azul ou cor-de-rosa, ou uns sapatos, ou uma saia, ou um casaco... já estão a ver o problema?!

Além do mais, sou (mesmo!) esquisitinha com malas... parece que só me escapa o olhar para aquelas cujo preço ascende aos 3 dígitos... Enfim, quem tem bom gosto é assim.

E é por isto que continuo a precisar de uma mala preta.

Uterqüe

Guess who's back??!

Olá, olá!
Andei uns dias afastada do mundo cibernético, mas estou de volta! Dentro de dias farei o relato sob a etiqueta de "andar na boa-vai-ela". Entretanto, aqui fica um cheirinho:


O Último Segredo, José Rodrigues dos Santos

Não sei o que me deixa mais curiosa: se o título, se o tema, se a promessa de um pouco mais "acção" e menos "descrição" do que em livros anteriores, se o simples facto de ter imenso respeito pelo autor. Seja como for, parece-me uma boa ideia para um presente de Natal. Aliás, um livro é sempre uma boa ideia.



Na Bertrand está com 20% de desconto!

04 dezembro 2011

Os Donos da minha Rua

Ainda não tinhamos vindo para cá morar, ainda isto era tudo vigas, buracos, pó e entulho, já se estava a perceber que havia uma entidade que dominava esta rua e quiçá, todo o bairro.

Não seria por ser um grande proprietário (que já houve quem fosse dono de várias casas nesta rua e nem por isso a coisa foi diferente), ou por ser o mais antigo (tenho a certeza que o meu vizinho do lado com os seus 500 anos já cá mora há mais tempo). Terá sido por algum poder do além que aquela alminha se tornou o Dono da Rua.

Ser Dono da Rua é como ser Rei e, como tal, toda a família usa o título nobiliárquico com grande orgulho, como só as grandes famílias ostentam. (Ainda não vi nenhum brazão na fachada das casas, mas está, certamente, para muito breve.)

Contudo, estamos em crise e estes tempos não estão para grandes gastos com criadagem. Vai daí, a qualquer hora a que eu saia de casa, lá anda um deles a patrulhar os seus domínios (e os dos outros, for that matter...). Ora, a coisa dá-se da seguinte forma (visualizem!):

8h00 Logo pela manhã, para começar bem o dia, vem a Dona da Rua - a mulher do Dono da Rua - com os seus chinelos abertos a frente e meias berrantes, mas a condizer com o pijama velho, roupão piroso e rolos na cabeça (não, já estou a exagerar... or am I??). Dizia eu que lá vem ela, rua acima, ou rua abaixo: nunca percebi de que que lado vivem eles, de que lado vivem as filhas... Vai daí cruza-se com o neto, dos seus 20 anos que sai já a passear os cães.

08h30 Passa o Dono da Rua para cima.

10h00 Aparece o neto de tronco nú - oh so (not) sexy -, balde e esponja na mão. Tira da garagem de cima o seu carrinho branco a brilhar e põe-se a lavá-lo no meio da rua. Não que ele estivesse sujo, mas no fundo é tudo o que o rapaz faz na vida portanto não se pode deixar desleixar.

13h00 Passa a Dona da Rua com um tabuleiro de inox cheio de empadas (ou pastéis de bacalhau, ou outra coisa qualquer, sei lá!, vêm sempre tapados com um pano aos quadrados meio desbotado, o que havia à mão, não vá arrefecerem no caminho). Logo de seguida vem uma das filhas - a mais velha, mãe do rapaz de há bocado - com duas cadeiras debaixo do braço. Além de não haver fogão para cozinhar na casa de cima, também não deve haver cadeiras para todos.

14h00 Passa o Dono da Rua para baixo.

14h30 Sai a filha mais velha, desta vez no seu carrão. Tal como quando vai a pé, não cumprimenta ninguém. Quanto muito havia de acenar como a nobreza, mas ainda se despista e atropela a mãe, Dona da Rua, que entretanto vinha a passar outra vez. Portanto não vale a pena.

17h40 Passa o Dono da Rua para cima.

17h45 Passa o Dono da Rua para baixo outra vez - don't ask.

18h00 Chega a filha mais nova, orgulho do seu papá - o Dono da Rua - que, por pouco mimada que é, chega no seu carrinho (coitadinha, não tem um carrão como o da mana) e bota-se à frente do grande portão verde - maior que a casa - e buzina como se não houvesse amanhã até que o papá ponha de lado o jornal e venha à rua dar entrada à menina! Volta a sair pouco depois, mas isso não interessa nada.

20h00, hora de jantar. Já estão a ver o que acontece, não?

00h00 Sai o genro - ainda não tinha aparecido o genro, marido da filha mais velha - a passear os cães novamente para o chichi da noite, que isto de marcar terreno é mais importante do que se pensa.

02h00, chove torrencialmente e a filha mais nova volta a aparecer no seu carrinho. Buzina, aparece o paizinho. Mas, azar dos azares, quando construíram o murete à entrada esqueceram-se que o carro tem que ter espaço para fazer a manobra e agora tem que entrar mesmo de frente... dizia eu, por azar alguém estacionou do outro lado da rua e a menina - coitada - não conseguir fazer a manobra como quer. Vai daí, não pensa duas vezes (não pensa, ponto): lança uns três ou quatro palavrões para o ar, alto e bom som, só para saberem quem é a Filha do Dono da Rua. Tem 40 anos e é solteira. E são 02h00.

Verdade seja dita, o Dono da Rua (ao contrário da mulher e filhas) cumprimenta sempre quem se cruza com ele e parece ser bastante simpático. Pudera, se assim não fosse, ninguém voltava a votar nele para Dono da Rua!!

Quando vier para aqui morar alguém da minha família há-de acontecer o mesmo... e eu hei-de morder esta linguinha que Deus me deu, e morrer envenenada!!

03 dezembro 2011

Walk in closet

Gostava tanto de ter um walk in clooooset... ... ...

Hilton

Kardashian

Kimora


A inveja é uma coisa feia que dói...

02 dezembro 2011

Fado

Se calhar já vou um bocado atrasada, mas pronto, tinha que deixar aqui um post sobre a vitória que foi o nosso Fado ter finalmente sido aceite como Património da Humanidade pela UNESCO!

Agora que falo nisto, penso: verdade seja dita que o fado já não tem bem o significado que tinha... Em tempos era a música do povo, da voz das cantadeiras da Bica, de Alfama, da Madragoa. Era a honra de uma classe, o orgulho de quem não tinha, na verdade, outra coisa em que ser grande. Apostavam tudo nele, talvez por isso o cantassem com tanta alma. Hoje o fado está a transformar-se num privilégio de poucos. Aquela classe que outrora dava realmente significado a tudo isto parece estar cada vez menos ligada à cultura - a esta, pelo menos. Basta olhar para quem canta o fado nos dias de hoje. Não é bom nem mau, é fruto da evolução da sociedade em que vivemos. A "História de uma cantadeira" já lá vai...

Mas enfim... para comemorar esse grande feito, aqui fica um fadinho de Lisboa, pelo "nosso" Carlos do Carmo, ao vivo no Coliseu!

01 dezembro 2011

Cumprimentos

De vez em quando dá-me para reflectir sobre coisas tão simples como esta... o cumprimento. Não o comprimento - que isso é assunto para outro dia - mas o cumprimento.

Por cá, dar um beijinho ou dois vai do hábito de cada um (ou da crise - há que poupar!).
Não somos desligados e frios como os ingleses - não nos limitamos ao aperto de mão -, tão pouco somos próximos como os esquimós, que aquilo na época das gripes chega a ser pouco higiénico!
Nos States vai tudo de abracinho, conhecidos ou não, com a cara à banda para não estragar a make-up.

Mas há algo que me intriga. Agora é moda pelo mundo da Pop distribuir o amor através de chochinhos... e tudo o que mexe leva um chocho. Vai daí, fui ao Wikcionário e confirmei: de facto "cho.cho" é um substantivo, masculino, com três significados: "beijoca; beijo sonoro e prolongado; namoro". Cá pra mim um chocho dava-se muito restritamente ao mais que tudo e mais nada! Agora não: Vai um post no twitter - XOXO; outro no facebook - outro XOXO, um autógrafo ao fã - pimbas, XOXO.
Atão mas isto assim também não será demais? Tal 'tá a pouca vergonha, hã?!

30 novembro 2011

29 novembro 2011

Desafio "quarto de espelhos"

Aí está um mega título para uma mega estratégia de marketing.

Então cá vai: se este fantástico blogue chegar aos 15 seguidores, perco a cabeça e faço o pino.

-WWWOOOOOWWWW (a multidão aplaude em delírio enquanto deixo o palco e os fans em extase).

28 novembro 2011

[wishlist] 8. coisas (mais) baratas

Fui muuuito injustamente acusada de ter uma wishlist de coisas demasiadamente caras para se oferecer assim sem mais nem menos - que assim isto não servia para nada. Vai daí, aqui ficam uma sugestões mais baratinhas para poderes tirar ideias! (é contigo, J., sim...)





É preciso legenda? Gosto, gosto, gosto, gosto, gosto, gosto, gosto e gosto.
E é tudo da Lanidor!

26 novembro 2011

meias

Já agora, e por falar em provérbios... «mãos frias, coração quente». Pois muito bem, eu até tenho muitas vezes as mãos frias, confere. Mas por acaso o que incomoda mais são os pés frios a toda a hora, mas não encontro nenhuma referência a variação térmica do coração de quem sofre desse mal... vai-se a ver e fica frio também. Tudo isto me deixa um tanto ou quanto preocupada porque, já diz a minha Mãe: "essas variações de temperatura nunca fizeram bem a ninguém, ainda apanhas uma pneumonia"...

Vai daí, posso introduzir um novo item na minha wishlist: precisava de umas luvas compridas de lã castanha escura (para usar com uma capa que cá tenho - ficavam a matar). Já agora, podem fazer-se acompanhar por meias daquelas de andar em casa, quentinhas para não ter frio no coração. Meias destas nunca são demais.

Se os conselhos fossem bons não se davam, vendiam-se

Hoje ouvi este ditado que me fez lembrar alguém - foi uma tal moça que mo disse aqui há tempos, como resposta não sei bem a quê, que eu não lhe dei conselho nenhum...! No entanto, hoje fiquei a pensar nisso. Realmente, é um hábito muito nosso, este de adoptar provérbios como verdades de "la Palice", por muito patéticos que sejam (aliás, falo por mim, que vivo claramente na máxima do "se rima, é porque é verdade!"). Mas voltando ao tal ditado, fiquei, realmente, a pensar na outra rapariga... É que só vejo três hipóteses que me deixaram na dúvida: ou a mãe nunca lhe deu conselhos, ou ela teve que os pagar ou eles foram simplesmente maus. E isso explicaria muita coisa...

25 novembro 2011

25 maneiras de usar um lenço

Que um lenço compõe um look, é certinho, mas torná-lo original a cada utilização, já requer alguma ciência... Quem - como eu - é fã de lenços, echarpes, cachecóis e afins, não pode perder esta chinoca!

24 novembro 2011

Size matters

10 cm
(em que é que já estão a pensar??)

Como eu ia dizer: Adoro quando as pessoas acham que a importância de cada um se mede pelo comprimento do seu nome.
10 cm mede o meu nome em "Arial, 12". Quem dá mais??

(a Mãe não vale!!)

22 novembro 2011

24 outubro 2011

Eu gostava de escrever mais...


A sério que gostava, mesmo que seja para o infinito e mais além...
Só que está escasso o tempo entre o conseguir concentrar-me (pois, 'tá compliquex...) e o comer e dormir.
De qualquer maneira, não é que venha aqui muita gente a este meu piqueno estaminé de parvoíces, portanto... adeuzinho meus fieis seguidores (grigri-grigri*) e até ao meu regresso.

* grigri é como fazem os grilos, mas só se ouvem no silêncio do vazio...

18 outubro 2011

A importância dos amigos

Aqui há dias vinha na rua e não pude deixar de ouvir a conversa que iam tendo duas meninas dos seus 8 anos que me acompanhavam o passo.

- Mafalda, quantos amigos tens no Facebook?
- Não sei, vai lá ver!
- 'Tá bem... Eu já sou tua amiga não sou?
- Sei lá! Achas que eu sei quem são os meus amigos todos??...

14 outubro 2011

E o Outono?

Pelo andar da carruagem este ano o Verão de São Martinho junta-se ao verão do zé povinho (não sei se se percebe a piada, mas como rima 'tá bom!!)... Continuam a estar 30ºC à sombra e nunca mais é tempo de eu poder usar os meus casacos giríssimos e dar uma corridinha à Baixa para arejar os neurónios e comer umas castanhas assadas... Sim, porque também conheço as de preparar no micro-ondas mas toda a gente sabe que as melhores castanhas são as que se vendem na rua a saber às notícias do dia anterior!
Vai uma pessoa muito bem a conduzir e ouve um barulho. Por descargo de consciência pega no carrinho e leva-o à oficina, ao representante da marca, porque é assim que deve ser. "Deixe estar que eu vou ver e lá pra meio da tarde já lhe ligo".
Ligou mais tarde, com notícias do mecânico. Diz que era ali a correia do alternador que não era a mais indicada e que fez saltar um não sei quê, mas que não há problema, que se resolve, só que temos cá todas as peças menos uma que, veja lá, tem que se encomendar e vem de Espanha e que portanto o carro fica até segunda-feira.
"Se não há outra solução, seja. Mas já agora o que é que lhe falta assim de tão específico que se tenha que mandar vir de propósito?"
"Um parafuso."

10 outubro 2011






Morreu, há dias, Steve Jobs. Dispensa apresentações: terá sido brilhante - deixa um legado fabuloso - mas nem isso o protegeu contra o cancro.


Tenho estado a estudar um tratado na área da saúde. Não há capítulo em que não se leia essa mesma palavra: Cancro. Todas as vezes me custa lê-la. Fico completamente atordoada, perco o fio a meada. Escrevê-la... não escrevo. "Neoplasia" tem o mesmo significado, mas como termo técnico que é soa a outra doença qualquer. Não soa a cancro. (É assim a Medicina: sonha com a saúde mas lida com a doença. Todos os dias.)

É que ele mata. Mesmo que estejamos a falar de casos de bom prognóstico, há sempre uma percentagem associada a confirmar a regra. Mesmo que possamos prever um futuro risonho, nunca mais aquela nuvem deixará o céu. É traiçoeiro e esconde-se. Não é como uma gripe que nos deixa de rastos. Quando enfraquece volta a esconder-se. Mostra-se quando já não há nada a fazer, mata da maneira mais cobarde possível.

Para quem o acompanha dá uma dolorosa sensação de impotência. Ver o sorriso esforçado de quem sofre deita-nos completamente abaixo. Obriga a pôr em perspectiva tudo o que se tem na vida... e dói. Muito.
Para quem o vive... não consigo imaginar. Tudo o que há a fazer é dar as mãos, erguer a cabeça e lutar pela vida.


Há dias morreu Steve Jobs. Era da idade do meu Pai.

08 outubro 2011

Escrevi um post sobre moda (bem, tem essa palavra, pelo menos), mas não se preocupem que não vou desatar a pôr aqui todos os dias fotografias sobre o que vesti...

ModaLisboa

Olá!

Já não aparecia por aqui há uns dias... mas hoje teve mesmo que ser! É que não há blogue que se preze que não tenha (pelo menos) um post sobre a ModaLisboa! Ora o que é que eu tenho a dizer sobre o assunto? Que não fui. "Mas como?!?" - perguntam vocês - "Com tanta gente famosa, só faltaste mesmo tu!!". Também repararam, não foi?? Olha, paciência, pode ser que pró ano me liguem lá da Moda a perguntar se não quero desfilar! Eu gostava! Não chego bem ao 1,70m e peso mais que 35Kg mas, verdade seja dita, ninguém dava por isso.

(Agora de volta ao livro que estes 15 minutos de devaneio já me estão a fazer cócegas na consciência...)

29 setembro 2011

Moms know better

Teoria da Relatividade

Aquele livro não é tudo - é só um livro. Nem o exame que se avizinha é tudo - é O exame, mas é isso apenas. Tudo é a vida que temos, a Família e os Amigos. Relativizamos as nossas prioridades quando a vida a isso nos obriga. Isso é tudo.


na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.

José Luís Peixoto

10 setembro 2011

7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa


Arrisco dizer que gosto, nem mais nem menos do que... de todas!

Queijo Serra da Estrela

Caldo Verde

Alheira de Mirandela

Arroz de Marisco

Leitão da Bairrada

Sardinha Assada

Pastel de Belém

Agora fiquei curiosa... Quais serão as maravilhas de 2012?

www.7maravilhas.sapo.pt

06 setembro 2011

Brevissimíssima história de Portugal

Não sei quem escreveu, mas vale a pena recordar!


Tudo começou com um tal de Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo.

Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe apreciar o salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu. Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor.

Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal de João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho que era dado aos desportos náuticos.

De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau.

Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas, provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo.

Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em Conventos e aquedutos.

Com conventos a mais e dinheiro a menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro. Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra vez, graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para a bricolage e não era mau tipo apesar das perucas um pouco amaricadas.

Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se Pedro podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios.

A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi por isso que Carlos anafado levou um tiro nos coiratos quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço.

O pessoal assustou-se com o barulho e escondeu-se num buraco na Flandres onde continuaram a ouvir tiros mas apontados a eles e disparados por alemães.

Ao intervalo, já perdiam por muitos mas o desafio não chegou ao fim porque uma senhora... (vestida de branco) apareceu a flutuar por cima de uma azinheira e três pastores ficaram primeiro atónitos, depois morreram e ainda mais tarde foram beatificados.

Não fosse um velhote de botas, lá das beiras, a confusão tinha continuado mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa mesmo que andassem por ai a espalhar boatos.

Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho de cravos em cima do assunto.

Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar umas secas da Grécia na final.

A Europa desatou a despejar contos (diz-se que um milhão por dia ) para o jardim à beira mar plantado, mas as más-línguas dizem que Prof. algarvio, grande economista, só mandou fazer estradas, para se poder chegar a 120 à hora ao primeiro engarrafamento.

Desenvolvimento económico, nicles. Industria, química, investigação? Bah, essas tretas não eram para nós. Carros alta gama, especulação imobiliária e bolsista é que dão "status". O resultado está á vista.

Depois veio um mangão, diz-se que Durão, que quis ficar na fotografia, lá no meio do charco, e logo a seguir bazou para se exibir na Europa rica, deixando por cá um tal Sócrates que de filósofo não tem nada mas tem o nariz maior que o Pinóquio, e que em vez de, antes da bronca, ajudar as famílias à rasca, decide dar uma mãozinha aos pobres banqueiros, deixando o Zé a beira de um ataque de nervos.

E o Cavaco? O Cavaco foi com o Pai Natal... ou o palhaço no comboio ao circo.

Fim.

02 setembro 2011

...


[ionline.pt] concordando-se ou não, vale a pena ler


Peter Villax. "Os portugueses não gostam de trabalhar"

por Isabel Tavares, Publicado em 02 de Setembro de 2011


O herdeiro da Hovione diz que só se lembram dos ricos para pagar impostos, mas não os desafiam a criar riqueza. "O empresário português é um privilegiado..." Este é o homem que irritou Sócrates quando, numa conferência em que participavam empresários, economistas e políticos, disse ao então primeiro-ministro, que tinha acabado de discursar: "Eu tenho um problema essencial consigo: os seus actos não reflectem as suas palavras". Foi aplaudido de pé. Peter Villax, vice-presidente da Hovione, uma multinacional com sede em Portugal que factura mais de 100 milhões de euros, diz que os portugueses gostam de trabalhar... pouco!


Qual a sua opinião sobre os aumentos de IRS e de IRC para os mais ricos ?

É uma necessidade política mas um disparate económico. O Warren Buffett já diz há muitos anos que paga menos impostos que a secretária, mas isso tem a ver com os créditos fiscais americanos, que são muito complexos e permitem a um bilionário com bons advogados acabar por pagar relativamente menos. Mas aqui em Portugal a carta de Buffett foi o rastilho para a discussão sobre a taxação dos ricos, o que caí sempre bem na opinião pública, e permite dizer que estamos todos a partilhar o sacrifício, etc.

E não estamos?

É um tiro no pé, porque são justamente os ricos que têm dinheiro para criar emprego. Estou farto desta demagogia, os ricos não são o problema, os pobres é que são o problema! É com os pobres e com a pobreza que temos de acabar, não é com os ricos!

O que sugere?

Em vez de lhes pedirmos mais impostos, deviamos mas é baixar-lhes a taxa em troca da criação de empregos novos!
Faria muito mais sentido baixar a taxa máxima de IRS de accionistas de referência em 1% por cada 250 empregos novos gerados. Só nos lembramos dos ricos para cobrar impostos.

A Taxa Social Única ainda está a ser ponderada...

O meu objectivo, como empresário e como gestor, tem a ver com modelos e negócio, com produtos, com clientes, feiras, promoção, publicidade, patentes, invenções... Talvez preferisse aumentar a semana de trabalho, em vez de reduzir a TSU. Para mim, faria muito mais sentido.
A Lonza, uma empresa suiça cinco vezes maior que a Hovione, aumentou a semana de trabalho. E isto foi só a administração dizer a uma sexta-feira que a partir de segunda iriam aumentar a semana de trabalho. Todos concordaram.

Em Portugal, isso seria possível?

Não! Nós, por questões religiosas, não gostamos de trabalho. O trabalho foi o castigo por Adão e Eva terem cometido o pecado original. Hoje, o discurso extremou-se e o castigo tem que ser redimido com direitos e regalias sociais. Mas existe numa grande parte da nossa sociedade a ideia de que trabalhar, o menos possível! Safar-me ao trabalho, sempre que possa. O trabalho liberta-nos da pobreza!

Os salários em Portugal são justos?

Ganhamos pouco como povo. E temos que ganhar mais. Temos que abandonar o discurso de salários baixos, estamos todos fartos de salários baixos em Portugal. Mas temos que produzir mais.

Como se quebra essa mentalidade?

Mudando o discurso dos empresários e dizendo que a forma e o raciocínio dos sindicatos é totalmente anacrónica. Temos que valorizar o trabalho, não o ócio.

É um crítico do empresário português e dos sindicatos?

A sociedade tem que desafiar o empresário português. Os políticos têm que exigir mais ao empresário português. Portanto, a crítica é tanto ao empresário como à sociedade.

O que falha nesse relacionamento?

O empresário está extraordinariamente ligado ao lucro. E o lucro, em Portugal, é muito mal visto. Para mim, o lucro é a medida da saúde do negócio.

E porque é que o lucro é mal visto?

Portugal convive mal com questões de riqueza. Quando as nossas publicações falam sobre as pessoas mais ricas do país é para mostrar que os índices de desigualdade são cada vez maiores. O que é verdade, e é um problema que temos que atacar. Mas não é pelos ricos serem mais ricos, é por os pobres não enriquecerem.

Como é que isso se faz?

Temos uma economia baseada sobre o conhecimento. Pertencemos a um país moderno e sofisticado. Portugal é um país da linha da frente. É! Não somos um país do terceiro mundo.

Com que base faz essa afirmação?

Se olharmos para os rankings mundiais, estamos no fim do primeiro terço, mas estamos no primeiro terço.

Os rankings reflectem a realidade?

Para Sócrates os rankings eram importantes. Ele estudava a forma de fazer Portugal subir nos rankings e fê-lo de uma forma muitíssimo inteligente.

Isso significa que estamos lá não por mérito, não pela qualidade, mas sim pela inteligência no método...

Não. Sócrates acreditava nas avaliações. E fez aquilo que qualquer pessoa inteligente faria... Estudou o sistema da pontuação para saber como fazer subir Portugal. Não vejo nenhum mal nisso.

Dizia que é pelo conhecimento que uma sociedade enriquece...

Isso. E nós temos torpedeado o ensino em Portugal nos últimos 20 anos. O nosso sistema de ensino, ensino público, é o meio mais importante para enriquecer o país. E nós temos dito ao povo e aos seus filhos: não se preocupem com os exames, nós passamos por si. O resultado está à vista.

Portugal subiu no ranking da educação...

Temos um país mais ignorante do que há 20 ou 30 anos e o potencial de enriquecimento foi enfraquecido. Eu vejo isto: há 20 anos eu recrutava uma secretária com o 12.º ano, neste momento tenho que a recrutar com uma licenciatura, porque quem me aparece com o 12.º ano, infelizmente, já não está ao nível das necessidades. E isto acontece com várias pessoas que conheço.

Tem seis filhos, com idades entre os 11 e os 26 anos. Isso permite-lhe comparar o ensino português com o estrangeiro. Que comparação faz?
É desfavorável para o ensino português, que privilegia não o raciocínio, mas a resposta correcta. Não há raciocínio livre, não há desenvolvimento de raciocínio. Os exames portugueses de 12.º ano são uma dezena de perguntas, em que cada uma vale "x" pontos. O exame de Baccalauréat francês é uma pergunta, à escolha de três, com quatro horas para responder. E isso é muito mais desafiante para o aluno e para o professor, que vai ter de dar uma nota a um trabalho de seis páginas em que avalia o estudante não pela correcção da resposta, mas pela originalidade, pela capacidade de raciocínio, pela cultura geral, pela capacidade de citar autores...

Com o ensino superior é diferente?

Todos os meus filhos foram e irão para a Universidade portuguesa. O ensino superior português é de elevadíssima qualidade. As nossas escolas de engenharia são das melhores do mundo. O Instituto Superior Técnico é uma das melhores escolas de engenharia do mundo. E eu sei, porque temos na Hovione engenheiros vindos das melhores escolas do mundo.

Ainda sobre os sindicatos, o que é que podiam fazer que não fazem?

Conheço um grande sindicalista português que em privado tem uma conversa e com o microfone à frente faz um discurso bem diferente. Em privado, a conversa dele é quase igual à minha.

O que é que falha?

O que falha é que o sindicalista tem centenas de milhar de filiados que estão à espera de um determinado discurso, politicamente correcto, para que a massa associativa o siga.

É um problema de ego...

É um problema de expectativas políticas. Estamos completamente encurralados pelo paradigma do 25 de Abril de 1974, que determina a nossa forma de falar, de ser entrevistado, de fazer declarações públicas. Quantas vezes tenho falado com políticos e com líderes que em privado afirmam uma coisa e em público outra. Acho isso extraordinário.

O que pensa das empresas que têm domicílio fiscal fora de Portugal?

As empresas podem estabelecer as suas sedes onde lhes for mais proveitoso. Empresas como a Sonae, por exemplo, empregam dezenas de milhar de pessoas em Portugal, não na Holanda. A quantidade de impostos que são pagos ao erário público português graças ao trabalho dessas empresas é gigantesca. Aliás, a única coisa que resta aos estados para concorrer entre eles são as condições fiscais.

É a favor da harmonização fiscal?

Nunca vai haver uma harmonização fiscal porque os países precisam dessa liberdade para concorrer entre si. A Alemanha tentou que a Irlanda aumentasse o seu IRC de 12,5% para um valor muito mais elevado e não conseguiu.

As empresas europeias e americanas são penalizadas por países asiáticos?

Concorremos globalmente e alguns concorrentes não jogam pelas mesmas regras, facilitam, cortam na qualidade, e acabam por ter uma vantagem competitiva sobre nós. É o que chamamos a vantagem competitiva do incumprimento.

Qual deve ser o papel do Estado na economia?

Acredito em muito menos Estado e muito mais forte. Para termos um Estado melhor temos que começar por ter tribunais muitíssimo melhores. Fico admirado pela forma excelente como Portugal funciona na ausência completa de eficácia jurídica.

Como vê o futuro de Portugal?

Tal como se faz nas empresas, que têm uma missão, uma visão, valores, planos operacionais, plano estratégico, o governo tem que ter um plano. E não vejo problema absolutamente nenhum em que o rumo para Portugal saia do Parlamento, do conjunto dos grandes partidos. Tem é que ser consensual. E tem que ser para os próximos 25 anos. A Hovione quer ser a maior empresa do seu sector em 2028. E todas as pessoas que trabalham na empresa o sabem.

Falta visão?

Nos últimos dois anos a navegação foi à vista. E a vista era de uma semana. E temos que trabalhar em equipa. O que eu vejo em Portugal é uma discussão contínua do óbvio. Tudo se discute, não há cultura de consenso, não há cultura de concordância. Temporariamente, episodicamente, temos concordância, como acontece com o memorando de 78 páginas que nos dá um programa de governo imposto por fora.

Somos bem-mandados?

É uma questão de cultura, mas que se pode mudar. A posição do líder é absolutamente determinante para existir o tal alinhamento.

O facto de ser um país pequeno traz a Portugal uma maior dependência...

(Cortando a palavra) Que ideia, não somos nada um país pequenino. Mais pequenos que nós são a Bélgica, a Suíça, a Áustria, a Holanda, o Luxemburgo...

O que têm esses países que nos falta?

Confiança! Temos que acreditar em nós próprios. E temos razões para isso, temos futuro.

Qual é, para si, o grande perigo da sociedade actual?

A sociedade ocidental actual está em decadência. Vai continuar a ser um símbolo cultural, para o oriente, mas o poder económico e militar vai passar para a China. Eu vejo isso com enorme naturalidade, porque não podemos fazer absolutamente nada para contrariar esse movimento. É o resultado da nossa história e tem que ser acompanhado de forma pacífica.

E a Europa?

Sou pessimista em relação à Europa. O que podemos mudar na Europa tem essencialmente a ver com valores. Somos um continente cada vez mais fracturado em termos filosóficos e as posições extremam-se. A China é um país totalmente alinhado. Achei imensa graça quando, a seguir aos motins de Londres, as autoridades chinesas questionaram o governo britânico sobre a sua capacidade de garantir a segurança nos Jogos Olímpicos de 2012... Um comentário divertidíssimo, justamente porque a China foi criticada na preparação dos Jogos Olímpicos em Pequim devido à poluição e à segurança. Ri bem quem ri por último.

Voltando a Portugal... Mário Soares dizia há dias que reconhecia o capitalismo como o único sistema económico viável...
A grande fraqueza do capitalismo é que não se preocupa com questões sociais. Mas aí está. Acreditamos que temos que promover a igualdade ao mesmo tempo que temos um sistema económico que promove a desigualdade. E isto é fonte contínua de tensão. É isto que provoca os motins em Londres. Uma parte da população que não tem nada a não ser problemas e só tem um direito, o poder de fazer a revolução. E, periodicamente, fá-la.

A Hovione também tem vindo a fazer a sua revolução, com novos inventos. Porque é que há tão poucas patentes registadas em Portugal?
António Campinos, que foi presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) até revolucionou a instituição e ainda fez alguns inimigos na indústria. Preocupou-se com o aumentou dos pedidos de patente em Portugal. E em termos percentuais subiu imenso: triplicou ou quadruplicou. Mas subiu de pouquíssimo para pouco.

Porquê?

Muitas patentes estão em nome individual. Como o registo é relativamente barato, e basta pagar uma anuidade, no caso de a patente se tornar valiosa é fácil vendê-la a uma empresa e realizar uma mais-valia pessoal.
Por outro lado, a nossa economia avançada continua muito focada nos serviços e tudo quanto é tecnologia de informação não tem poderes. Uma patente é um documento que demora um a dois meses a escrever e a preparar, tem de ser afinada, é feito um depósito, depois as autoridades têm 18 meses para fazer uma avaliação. Ora, na área das Tecnologias de Informação, em dois meses mais 18 meses já o produto está inventado, industrializado, comercializado e morto. Ou seja, patente, tecnologia de informação, não interessa.

O empresário português preocupa-se com o desenvolvimento?

O empresário português é um privilegiado, porque a sociedade exige-lhe muito pouco. Exige-lhe só, e cada vez mais, que pague os seus impostos, mas não lhe exige que gere riqueza. Portanto, está sobretudo preocupado com um retorno muito rápido do seu capital.

Quanto gasta a Hovione em investigação e desenvolvimento?

Gasta seis milhões de euros. Isto coloca-nos na 30.ª posição no ranking.

Faz-se boa investigação em Portugal?

Como lhe disse, José Sócrates tinha uma enorme ambição e a sua forma de governar era fazer com que Portugal subisse nos rankings. Um ranking particularmente fácil de subir, porque é estabelecido exclusivamente pela despesa financeira, pelo investimento, era o de I&D. Para subir no ranking de I&D, Mariano Gago pediu e obteve 500 milhões de euros para a Fundação para a Ciência e Tecnologia e o apoio do SIFIDE, um sistema de crédito fiscal que já vinha do tempo de António Guterres, ao abrigo do qual 30% dos gastos em investigação e desenvolvimento são dedutíveis na matéria colectável.

Com que resultados?

Esse é o grande problema, isto não garante resultados.

É possível continuar assim?

Se estamos a gastar tanto dinheiro público, então o contribuinte tem que se sentir beneficiado pelos resultados dessa ciência. Neste momento há uma enorme relutância em abandonar o actual modelo de financiamento.

Qual é a alternativa ao modelo actual?

Não basta apenas, como até aqui, provar que se gastou o dinheiro. Tem que haver uma componente de avaliação sobre os resultados produzidos. As avaliações, que até agora são extremamente quantitativas, têm que ser qualitativas. Temos avaliar o resultado e não apenas o esforço.

Como é que isso pode ser feito?

Temos que pôr as universidades e empresas a colaborar muitíssimo mais. A ciência pública vai ter que servir o cidadão. Se ele paga, a ciência tem que ser em seu benefício. E quando eu digo cidadão português, digo o cidadão do mundo. Portugal tem uma tradição em medicina tropical de longas décadas, devido às nossas colónias. Em vez de ter a sua investigação pulverizada, que é uma coisa que acontece em todos os institutos públicos, cá ninguém sabe o que o outro está a fazer. Deviam existir desígnios nacionais.

Quais seriam, pode dar exemplos?

Teriam que ir ao encontro dos problemas de Portugal. Escassez de meios energéticos, por exemplo. Nós não temos energia. Então, vamos dirigir parte da questão para aumentar a eficiência dos sistemas, aumentar a rentabilidade da energia eólica. O envelhecimento da população. O que a afecta são doenças neuro-degenerativas características de idades avançadas: Parkinson e Alzheimer. Vamos concentrar-nos nas curas. Portugal tem uma grande relação com África. Os problemas da África são a Malária, a subnutrição... Então, vamos ver o que é que a nossa investigação pode fazer para ajudar essas populações. E vamos transformar os nossos institutos virados para a resolução de problemas. Desaproveitar isto é blasfémia pura!

2 anos de blog!

(No início era assim.)

O meu blog faz hoje 2 anos!
YESSS!

Tudo bem - não é grande feito - há milhões e milhões de blogues no cibermundo, mas o meu é o meu e é por isso que eu gosto mais dele do que dos outros!

Vamos às estatísticas:
Num mísero par de anos tive 5288 visitantes!
Ainda que 5287 visitas tenham sido minhas a ver como isto estava bonito, isso significa que houve realmente uma pessoa que cá veio espreitar, e isso deixa-me muito contente!

Mais, fui cuscar a página do painel de controlo que dá as estatísticas:
- 106 posts;
- 190 comentários;
- 10 seguidores;
- Visitantes nacionais, mas também dos EUA, Brasil, Holanda, República Tcheca (é assim que lá está escrito...), Reino Unido, Canadá, Espanha, Coreia do Sul, Argentina, Cabo Verde, ... ... ...
(duvido que isto seja sequer verdade!).

E pronto, assim foi.
Se isto fosse o Facebook, punha um no meu próprio post, de tanto que gosto do meu blog!! hehe