31 maio 2012

Estudantes de Medicina saem à rua pelo futuro da Medicina em Portugal



Perto de mil estudantes de medicina concentraram-se nesta quinta-feira frente do Ministério da Saúde numa acção simbólica de protesto contra o excesso de alunos e a falta de vagas para o internato médico, fundamental para poderem exercer a profissão.

Numa acção simbólica, os estudantes vestiram batas brancas e ostentavam ao peito “senhas de espera” para poderem completar a formação em medicina. O presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM), Manuel Abecassis, lamentou a “falta de articulação entre os ministérios da Saúde e do Ensino Superior”. 

Esta falta de articulação permite que mais vagas do curso de medicina sejam abertas, sem que haja depois capacidade de respostas para estes estudantes, ao nível do internato médico. O problema é que a capacidade do internato médico é de 1500 vagas, enquanto o número de estudantes a sair das faculdades nos próximos anos chega aos dois mil e vai crescer mais ainda, explicou. 

“São diplomados em medicina, que não vão poder terminar a formação”, afirmou Manuel Abecassis, acrescentando que “muitos, se calhar, vão ter que completar o curso lá fora, nos países onde isso é possível”. 

O presidente da ANEM comentou ainda as conclusões do grupo de trabalho criado pelo Governo para apresentar um conjunto de recomendações a serem aplicadas na formação médica pós-graduada, salvaguardando que apesar de algumas não irem ao encontro das expectativas dos estudantes, uma em particular recolheu a sua satisfação. “O grupo de trabalho fez uma recomendação que reflecte a nossa preocupação de reduzir e adequar as vagas em medicina, porque a qualidade da formação pré-graduada está a ser afectada pelo actual número de estudantes de medicina nas faculdades. Não vai haver capacidade para serem médicos porque não vão poder completar a formação”, disse. 

O presidente da ANEM dirigiu algumas palavras de preocupação aos colegas presentes no protesto, que reponderam efusivamente, aplaudindo e gritando palavras de ordem como “curso e internato, formação de qualidade”. Os estudantes entregaram ainda uma carta no Ministério da Saúde, a requerer uma audiência conjunta entre a ANEM e os ministros da Saúde e do Ensino Superior.

Texto da Agência Lusa in publico.pt

16 maio 2012

Parece que a poeira começa a assentar.

Os sonhos e objectivos ajustam-se às dimensões que as prioridades assumem agora tão mais claramente.

Brincam comigo porque quero comemorar tudo. Tenho a agenda cheia de razões para festejar. Desde os dias de aniversário aos 1000 meses do Avô; desde o Carnaval, Páscoa, Natal ao último dia de tratamento. Sou assim, é a forma de me obrigar a ver o melhor de cada dia.

Porque há tantas razões para nos deixarmos ir abaixo... Sem precisarmos de procurar, as pequenas dificuldades acumulam-se à medida que olhamos à volta e - não matam mas moem - pesam-nos nos ombros com mais força do que somos capazes de suportar. Às tantas vamo-nos mesmo abaixo das canetas e o mais que conseguimos e ir vivendo a meio gás. Às vezes só queremos fugir.
Mas não.
De repente, sem aviso, há algo que nos tira o chão de baixo dos pés. E é nesse dia, nessa semana... é nesses meses que percebemos que conseguimos arcar com todo esse peso e que afinal suportamos tudo como gente grande. E não vamos a lado nenhum, porque o nosso lugar é ali.

A quem está hoje onde eu me encontrei há um ano atrás: coragem.

06 maio 2012

Dia da Mãe

Conheço uma rapariga (em tempos minha amiga, há anos perdemos o contacto) de quem me tenho lembrado hoje muitas vezes. É dia da Mãe, já se está mesmo a ver que há de ser por isso.

Parece que se casou e pouco tempo depois engravidou. Até aqui tudo muito bem. A gravidez correu sem grandes percalços, tudo dentro do normal. Numa consulta de rotina pela altura do Natal chegou a pior notícia. O menino teria uma malformação cardíaca, coisa grave, complicada, prognóstico reservado, tudo o que uma Mãe não quer ter que ouvir.
O bebé nasceu. Deram-lhe um nome de conquistador, escolha perfeita. Hoje o bebé tem já meses e continua a desbravar a vida como no primeiro dia. A Mãe não desiste nunca. Não há margem para preguiça, para depressões, nada "fica para amanhã". Em tantas fotografias que tenho visto, mostra o sorriso maroto e um olhar de criança feliz, tão longe do precipício que lhe prometeram.
Vivem um dia de cada vez.
Isto é ser Mãe.

Quando for grande quero ser assim.

(Um grande beijinho para ti, I.)
Tenho a melhor Mãe do mundo.
Era só isto.


04 maio 2012

"Boca de sino" voltam em 2013?

Ou muito me engano ou pró ano voltam a usar-se calças à boca de sino...



Já fiz uma piquena prospecção das relíquias que há cá por casa e parece-me que volto a encher o armário sem gastar um tostão!...

Fotografias daqui e daqui.