30 junho 2015

Mensagem divina

Saí de casa para ir para a urgência à mesma hora a que um vizinho saiu para ir para o surf. Sinto que foi o universo a dizer-me que acabou o fim-de-semana e que cada um tem o que merece.

29 junho 2015

Soube-me pela vida

Assentei arraiais a sul, neste fim-de-semana abrasador. Fui trabalhar sexta e um bom bocado de sábado (ali no belo do ar condicionado), mas tudo o resto foi folga. Há um ano que não ficava na praia até às nove da noite... Tão bom!


Estava mesmo a precisar!

22 junho 2015

Surpresa!

Como já disse aí atrás algures, o meu Pai fez este ano 60 primaveras. Ora, como 60 é um número redondinho e a puxar à comemoração, toda a gente se esmerou nos presentes, particularmente a minha Mãe. Agora que as surpresas já cá estão fora, vou contar.
Desde há uns meses que a Mãe e eu andamos a puxar pela cabeça. A ideia que acabou por vencer foi a de oferecer uma viagem algures pela Europa, a acontecer na altura do aniversário de casamento. Pimbas, seriam dois coelhos com uma cajadada, infalível. Até aqui tudo muito bonito, fui ajudando, dando umas ideias, fazendo umas pesquisas e tal... O que é que acontece? Há coisa de um mês o meu Pai veio falar comigo porque gostava de marcar um fim-de-semana prolongado de surpresa para a Mãe, ali para a altura do aniversário de casamento. Say what??
Resultado, andei em modo espião secreto, undercover, a fazer jogo duplo sem ninguém saber. "Mas vê lá, sonda isso mas sem ninguém dar conta!". Um tinha uma ideia dum lado e eu ia atirar o barro à parede do outro. Foi um equilíbrio instavel, mas mesmo giro!
E no fim, o mais giro foi a incredulidade do Pai ao receber os bilhetes de avião... para a viagem que andava a preparar em segredo!

20 junho 2015

Pum!

Não cheguei a conhecer o meu Avô materno. Não que tivesse partido muito cedo, mas a minha Mãe é a mais nova da catrefada de filhos que ele teve e um coração não aguenta tanta emoção por muito tempo. Por isso, antes de eu nascer já tinha ido pregar para outra freguesia. 1-0.
Como a originalidade não era coisa que abundasse naquela altura, tive direito a duas avós com o mesmo nome. Maria Augusta, Avó de Coimbra; Maria Augusta, Avó de Lisboa. Curiosamente ambas professoras primárias (ui!).
A Avó de Coimbra viveu para lá dos 90 anos, sempre calma e serena, sempre a Mãe da Mãe, com todo o respeito que o posto merece, ainda que tivesse sofrido com as tropelias dos netos (às quais não escapava, mas também não fugia). Mas aos meus 17 anos percebi que isto da vida também nunca é uma partida para ganhar, apenas "to enjoy the ride", e ela lá foi. 2-0.
Agora vem a parte boa (e a provar que a genética cá de casa é qualquer coisa de impressionante). Hoje, precisamente uma semana depois de a Avó de Lisboa fazer 94 anos (a bater recordes desde 1921), é a vez do meu terceiro Avô bater a barreira dos 90, que nada fica a dever à espectacularidade de bater a barreira do som. Pum!
Parabéns Avô!

18 junho 2015

A vida inteira na ponta dos dedos

As histórias clínicas que escrevo, são com a ponta dos dedos. As receitas de passo, são com as pontas dos dedos.
Os sms e e-mails que envio, são com as pontas dos dedos.
Nos jornais electrónicos, nas redes sociais, tudo me chega na ponta dos dedos.
Os pratos que cozinho, a comida que aqueço, faço tudo com a ponta dos dedos.

Ao fim do dia dou por mim a estudar um molho de folhas de papel e a tentar insistentemente passar para baixo ou para cima com a ponta dos dedos. Claro que não funciona e eu sinto-me mais irritada do que estúpida. Não por perceber imediatamente o erro, mas porque o raio da folha bloqueou outra vez, "que chatice, é sempre a mesma coisa"...

16 junho 2015

"Sábado não posso"

Meus amigos, eu sei que as nossas vidas são muito preenchidas e que as nossas agendas são assim do mais ocupado que pode haver: uns com jantaradas e saídas (grandes vidas), outros com o raio da vida social das criancinhas a lixar minar tudo (coisinhas mai' lindas da tia!), e outros com os anos da avó, da tia, da prima, do cão e do periquito. E mais os que têm cursos e formações a toda a hora - esta sou eu... enfim, cada um faz o que pode. Portanto, quem nunca viveu (ou causou) este drama, ponha o dedo no ar! [a ver se cai um donut, lembram-se?].
Solução? Não há. A minha teoria é que se queremos ir jantar juntos, temos que marcar muitas vezes, porque entre os que vão duma vez e os que vão doutra, a gente vai-se vendo e até pode ser que um dia (quando chegarmos à reforma, se houver) nos encontremos todos ao mesmo tempo. Não acredito, mas vale a pena sonhar.

14 junho 2015

Ouvi falar naquela ideia de os miúdos deixarem de ter três meses de férias

E acho muito bem! Quem é que gostava de ter três meses de férias?? Alguém andava um ano inteiro a sonhar com as férias grandes?? Por favor!... A seca que era poder dormir até tarde, ir para a praia, ou passear, ou simplesmente giboiar a tarde toda... A chatice de não ter nada para fazer, poder ler um livro, olhar para o mar, caminhar na serra. E o desagradável que era ter tempo para conversar, para brincar, para namorar. Para quê?
Mas querem acabar com aqueles três meses, pois muito bem, deixem-lhes umas semanas no verão e troquem o resto por tempo durante o ano lectivo. Troquem por horas para ir aprender uma língua, um instrumento, praticar um desporto, para fazerem voluntariado. Acabem com a carga horária pesada e dêem-lhes tempo para escolher! Deixem-nos ter tempo para sonhar com o futuro, ter planos e projectos; tirem-lhes o stress de pensar nos exames todas as horas de todos os dias. Permitam-lhes tempo de qualidade com as famílias (essa coisa estranha e totalmente desvalorizada nos dias que correm...). Deixem-nos ser crianças e jovens! Se não o forem agora, quando poderão sê-lo?

12 junho 2015

O Santo António

Ao longo dos anos, o nosso Santo Antoninho tem abençoado Lisboa e quem é devoto tem-lhe um especial carinho. Refiro-me ao do altar, bem entendido... E, por isso, estes dias são de festa por toda a cidade.

São os arraiais, é meia Lisboa a sair à rua e a comer sardinhas com a mão (e com a cara, e com a roupa, porque é tudo uma grande chafurdice). São elas a dançar com elas e as outras a dançar com bêbados e depois tudo ao mesmo tempo, num comboio interminável ao som da maior pimbalhada possível. Por cá não há martelinhos nem alhos porros, mas há muita festa e alegria e toda a gente se diverte!

São as noivas de Santo António, que têm muito que se lhe diga. É verdade que os vestidos das modas passadas, as garras de gel e todo o ambiente foleirote que se tem montado à sua volta acaba por estragar um bocadinho a beleza da coisa, mas basta ver os casais do antigamente e o orgulho que têm em dizer que foram noivos de Santo António. Porque não há coisa mais lisboeta que casar a 13 de Junho e descer a Avenida de braço dado com o novo marido!

São as marchas populares, que há décadas fazem jus ao nome e que nunca verdadeiramente quiseram ser um pseudo-carnaval brasileiro (graçazadeuz!). São as varinas de socas e saias rodadas e os moços que as acompanham a abanar a anca ao som da banda do município. Podia dizer que ter um dente a menos é condição sine qua non para se entrar na marcha; podia dizer que a verruga e a unha comprida do mindinho são sempre prós, mas não digo. Digo só que na noite de Santo António "a avenida é liiiindaaaa!".

São as grinaldas coloridas e os manjericos penteados em altas permanentes, com as frases nas bandeirinhas (agora até traduzidas, para inglês ver) e quem não tem um manjerico em casa não é "filho de boa gente"!

E são os aniversários do Pai e da Avó, lisboetas de gema, alfacinhas há 60 e 94 anos, respectivamente. Por isso hoje vai haver sardinhas e sangria e bolo de anos e presentes! Tudo coisas de que eu não gosto nada...! Como está bom de ver, qualquer tradição me puxa um bocadinho ao sentimento é esta não é excepção. E por tudo isto, para mim hoje a festa é a triplicar! Hip, hip, urra!

10 junho 2015

Dormi 12 horas seguidas. 1/2 em modo pré-sono, no sofá, a outra metade na cama, quando o J. chegou dum jantar que teve ontem. Estes feriados a meio da semana sabem que nem ginjas!

08 junho 2015

Lembrem-se desta fotografia sempre que pensarem em deitar lixo para o chão.



Photo credit: Rescued in 1993, Peanut the red-eared slider had a plastic six-pack holder embedded in her shell. / Missouri Department of Conservation

07 junho 2015

Dei de caras com isto

Tropecei há dois minutos nesta fotografia.



Pertence à empresa Cavalos na Areia, que organiza passeios a cavalo (e de bicicleta e de caiaque) na Comporta. Vai tão rapidamente para a minha wishlist que nem sei! Que gosto de praia não é novidade... O mal aqui é esta mania que eu tenho de que um dia ainda hei-de andar a cavalo como gente grande...

04 junho 2015

Falou e disse.

"Bem sei que vós não quereis saber da minha profunda reflexão sobre o assunto mas mesmo assim confesso, a propósito da campanha progressista estilo movimento pró-vida contra comer caracóis e matar traças, que já fiz 100 km para comer perdiz frita em banha de porco preto; desvio-me da autoestrada até Pinhão para comer costela com feijoca; não resisto a uma posta mirandesa; já fui ao Tua só para comer peixe fresco frito do rio no Calça Curta; já apanhei polvos, de camaroeiro e isco - sardinha, e fiz com eles um arroz de pimentos que faria sorrir a rainha de Inglaterra; como caracóis, se tiverem muitos oregãos e um vinho branco gelado e muitos amigos à volta a dizer parvoíces; mato traças e melgas, batendo sonoras palmas. E tenho a minha quota diária de ouvir pessoas sem noção, sem bom senso, sem razão, sem tino já preenchidissima - transbordou, não cabe mais nenhum."

Raquel Varela

02 junho 2015

Fartei

Pronto, desisto. Estou farta de ouvir falar do Game of Thrones e não fazer a mínima ideia do que estão a falar. Nem os Lanister, nem o anão, nem coisa nenhuma. Vou pôr isto à prova e ver um episódio. Logo vos digo.

01 junho 2015

Foi uma festa, este fim-de-semana!


Foram 24 horas de prova.
Foram mil e tal voltas.
Foram trinta equipas, duzentos e tal pilotos.
Foram quarenta e poucos turnos.
Foi uma pole position sacada a ferros.
Foi um 14º lugar tranquilo.
Foi uma Batalha e foi uma festa!