A minha irmã fez bolos hoje. São uns bolinhos de canela que eu costumava receber de Coimbra por encomenda, com beijinhos da Avó e a recomendação de que deveria dividir com a mana, esta que herdou a vontade e o gosto de os fazer e assim matar saudades. E bem.
Pois ela hoje fez os bolos da Avó de Coimbra e eu, com sentida dificuldade, lá terei que os comer.
Comi um a meio da tarde, ainda a casa cheirava a pastelaria, meio morno, só para provar. E que bons que estavam, venha outro. Pouco depois cruzei-me com a Mãe: 'estão óptimos, já provaste?', 'não!', venha mais um. Entretanto fui dar uma volta com o mais que tudo e, não fosse dar-me a fraqueza daqui até ao café, foi mais um. E quando cheguei a casa, passei à frente da porta da cozinha e lá estavam eles a olhar para mim, todo um montinho de bolos com um virado de cabeça para baixo. E como destoava e a Mãe - que não gosta de comida de pernas para o ar - estava a chegar e podia ter o tal desgosto, já foi mais outro.
E hoje estamos nisto...