Conheço uma rapariga (em tempos minha amiga, há anos perdemos o contacto) de quem me tenho lembrado hoje muitas vezes. É dia da Mãe, já se está mesmo a ver que há de ser por isso.
Parece que se casou e pouco tempo depois engravidou. Até aqui tudo muito bem. A gravidez correu sem grandes percalços, tudo dentro do normal. Numa consulta de rotina pela altura do Natal chegou a pior notícia. O menino teria uma malformação cardíaca, coisa grave, complicada, prognóstico reservado, tudo o que uma Mãe não quer ter que ouvir.
O bebé nasceu. Deram-lhe um nome de conquistador, escolha perfeita. Hoje o bebé tem já meses e continua a desbravar a vida como no primeiro dia. A Mãe não desiste nunca. Não há margem para preguiça, para depressões, nada "fica para amanhã". Em tantas fotografias que tenho visto, mostra o sorriso maroto e um olhar de criança feliz, tão longe do precipício que lhe prometeram.
Vivem um dia de cada vez.
Isto é ser Mãe.
Quando for grande quero ser assim.
(Um grande beijinho para ti, I.)
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