29 março 2010

More than we are

There’s this thing that happens when people find out you’re a doctor. They stop seeing you as a person, and begin to see you as something bigger than you are. They have to see us that way, as gods. Otherwise, we’re just like everyone else – unsure, flawed, normal. So we act strong, we remain stoic. We hide the fact that we’re all too human.

Patients see us as gods. Or, they see us as monsters. But the fact is, we’re just people. We screw up. We lose our way. Even the best of us have our off days. Still, we move forward. We don’t rest on our laurels or celebrate the lives we saved in the past. Because there’s always some other patient that needs our help. So, we force ourselves to keep trying, to keep learning… in the hope that maybe, someday, we’ll come just a little bit closer to the gods our patients need us to be.

Grey's Anatomy


Para já vejo tudo de fora e sei que é verdade. Um dia, quem sabe, serei eu a querer com muita força ser capaz de fazer o impossível para mudar o destino de alguém.
Nothing but a mere human who plays with someone's God-made destiny...

15 março 2010

O meu Avô

O meu Avô é uma personagem engraçada.
Já tem p'ra cima d'uma data de anos mas do alto da sua provecta idade continua a viver a vida todos os dias com a naturalidade de sempre.

Gosta de bater a sua sorna na praia, do seu ponto de vigia no 72, sempre na mesma posição e, quando algo o desperta pergunta sempre quem foi capaz de o interromper no cálculo das suas "raízes cúbicas de cabeça!".
Tem um telemóvel que tira fotografias e manda sempre sms quando vai almoçar fora a perguntar quem lá quer ir ter para comer um cozidinho ou um bife à Portugália.
Ainda conduz e dá-nos boleias imensas vezes mas nunca sai de minha casa depois das 17h porque "depois já vou muito tarde e não tenho lugar para o carro".

Aqui há tempos fomos jantar fora, como de costume, no seu dia de anos. Findo o jantar veio o bolo: de chocolate e com oito nozes inteiras em rodinha (por aqui há quem ache que nozes e amêndoas partidas nos bolos ficam mal... enfim).
Cantámos os parabéns e apagou todas as velas num só sopro como sempre.
No final ficámos a vê-lo olhar em volta certamente a recordar as palavras habituais da minha Avó "oh menina, levas tu o resto do bolo que lá em casa eu e o teu sogro não o comemos!", "Eu quero uma fatia pequenina só mal uma coisinha!".
Saca do facalhão e dá um golpe no bolo. De um lado ao outro.
Então, Avô?! Não é assim que se corta um bolo!!
(nada)
E tumba, outro golpe, desta vez na perpendicular, dividindo o bolo em quatro.
Oh R.?!, o que é que estás praí a fazer?!
Pimba, outra vez.
E mais uma.
O que é? Não somos oito? Um, dois, três, quatro... cinco, seis, sete e oito. Já está. Igual para todos. Sirvam-se.

O meu Avô é uma personagem engraçada.
Quem o conhece sabe que é verdade.

14 março 2010

Boa resposta...

Espero que não pensem que me considero mais ou menos do que alguém, mas a verdade é que há pessoas mesmo burras...

Aqui há tempos andei com os meus irmãos a correr as ourivesarias de Lisboa com o objectivo de comprar um presente para uma data especial.
A ideia era oferecer uma moldura em prata com uma inscrição/dedicatória pequenina, num cantinho - era brilhante e certamente teria um grande efeito. Nice!

Ao fim de pouco tempo percebemos que o valor que podiamos pagar ficava uns quantos dígitos àquem do que nos pediam...!!
Rápido: plano B? - "Só se for uma moldura em banho de prata!" Boa!
Lá encontrámos uma engraçada e descobrimos onde costumavam mandar gravá-las.
Off we go.

Boa tarde!
Boa tarde.
Nós comprámos há pouco esta moldura e gostávamos de saber se é possível gravar uma frase aqui na margem...
Só um momento que eu vou chamar a chefe.
...
Boa tarde.
Boa tarde! Nós comprámos há pouco esta moldura e gostávamos de saber se é possível gravar uma frase aqui na margem...
(olhou, olhou...)
Olhe, eu tanto lhe posso dizer que sim como que não.

(monólogo interior:
Desculpe?!................................
hahahahahahahahaha
espaço para explicação da resposta....................................... nada!
hahahahahahahahahahahahahahahhaha)

Não, a sério?! A chefe diz isto e fica-se por ali?? Ou é para nós escolhermos???

E a seguir íamos ao MacDonald's e - Boa tarde, tem hamburgers?
Olhe, eu tanto lhe posso dizer que sim como que não.
Ou ao cinema - Ainda há bilhetes para a sessão da meia noite?
Olhe, eu tanto lhe posso dizer que sim como que não.

Quais serão os requisitos para se estar ao balcão de uma loja... e ser chefe?!
Saber dizer coisas estúpidas com o maior ar de naturalidade?
Deve ser isso...

11 março 2010

modas...?!

Aqui deixo este business card no dia do arranque da ModaLisboa e porque quando fui beber café, ao meu lado estava uma flausina de alças de soutien à mostra e calças indecorosamente descaídas.

09 março 2010

Pela vida fora - com orgulho



Somos os filhos de João de Deus,
Como os anjinhos que cantam nos céus
Vamos p’ra aula a cantar
Aprender sem se notar
E a brincar a brincar
Já sei o A E I O U...

O recreio
Vem sempre no meio
Da lição
Que sai do coração.

Somos crianças cheias de alegria
Nossas mãozinhas já têm magia
Já fiz um carro de barro
Um coração de cartão
E a brincar, a brincar
Já sei o A E I O U…

O encanto do Jardim-Escola
É saltar, rir e jogar à bola.

Findou o dia, vamos regressar
Vestir casacos, vamos para o lar
Lá nos espera também
Outro regaço, o da Mãe
Para beijar e ouvir
Dizer o A, E, I, O, U...

Os meninos
Serão sempre teus
Pela vida fora
João de Deus

08 março 2010

Dia da Mulher

Um beijinho especial às minhas amigas... =)

aos meus amigos que fumam

É entre o barulho do aspirador e o da panela de pressão que escrevo hoje. Mal me consigo ouvir a pensar...

Não, o dia não correu mal, mas
Não, não tenho razões particulares para estar chateada hoje... ainda assim
Não, não estou particularmente bem disposta.


E porquê?
Porque passei o dia rodeada de amigos que fumam por um lado e de doentes vítimas da estupidez de fumarem pelo outro.


(isto está a sair-me tão rápido que vai ser mais uma narrativa irritada do que um texto motivador)

Bolas, é que já nem vale a pena falar dos prejuízos que isso comporta na vida de uma pessoa.
"Sim, eu sei, mas aproveito agora e na idade em que aumentar o risco deixo."
Ok, ao fim de 15 anos depois da cessação tabágica, um ex-fumador volta a ser tido como uma pessoa normal no que conserna o risco cardiovascular. Mas no resto -  meus amigos - deixem-se de tretas! Quando se fala de cancro, um ex-fumador é obviamente diferente de um fumador, mas não deixa de ser também diferente de alguém que nunca fumou... e muito.

É estúpido começar a fumar, é estúpido voltar a fumar. É estúpido fumar muito, é estúpido fumar pouco... estão a ver o denominador comum?

A escolha é vossa, claro. Têm o direito a ela como eu tenho o direito a uma opinião contrária.
Mas tudo bem, até aceito que se estejam nas tintas para a vossa vida, para a vossa saúde e que na verdade nem queiram realmente deixar de fumar. Não concordo, mas tenho que aceitar.
Mas não vos passa pela cabeça mais nada? Vivem sozinhos no mundo? Não há ninguém à vossa volta?
Sei lá... será que acham que ninguém há-de gostar de ver-vos bem, saudáveis?... ou que ninguém há-de depender ou precisar de vocês agora ou daqui a uns anos?... ou, (tão simples como isto) que os vossos amigos gostavam de não ter que levar com a porcaria do vosso fumo?! Bolas, pá!!
É egoismo.
É uma cretinice.

Desculpem a raiva, mas isto hoje bateu lá dentro...

Uma última nota:
Dizia há uns anos uma campanha publicitária que beijar um fumador é o mesmo que lamber um cinzeiro.
Tenho a certeza de que não gosto de lamber cinzeiros.

02 março 2010

polícia à paisana

A internet tem destas coisas:
a proximidade global que conseguimos com o advento dessa entidade a que se chama já carinhosamente "e-mail" trás-nos muito de bom mas também muito de indiscutivelmente irritante.
Refiro-me:
- aos e-mails em cadeia, "se não mandares este e-mail a 384693875 pessoas em 0,000009 segundos és catapultado para uma etar como a menina de jkhsadjh que não tinha mães nem pais nem pés nem cabras";
- aos pedidos de participação/contribuição/ajuda a todas as catástrofes que assolam a humanidade, deixando NIBs mais ou menos suspeitos mas absolutamete afastados de quem possa querer mandar o dinheirinho aos desgraçados;
- a todos os outros e-mails chatos de que não me lembro agora;
- mas também àqueles potencialmente informativos que se revelam excepcionalmente úteis como por exemplo os que enumeram todas as matrículas de carros de polícia à paisana que circulam nas estradas do nosso país. Ok, há quem consiga decorar listas telefónicas (aka Harrison?)... mas se pensarmos que a polícia pode omitir mas não mentir relativamente à sua identidade, não seria mais fácil fazer como este génio?