06 setembro 2011

Brevissimíssima história de Portugal

Não sei quem escreveu, mas vale a pena recordar!


Tudo começou com um tal de Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo.

Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe apreciar o salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu. Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor.

Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal de João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho que era dado aos desportos náuticos.

De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau.

Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas, provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo.

Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em Conventos e aquedutos.

Com conventos a mais e dinheiro a menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro. Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra vez, graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para a bricolage e não era mau tipo apesar das perucas um pouco amaricadas.

Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se Pedro podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios.

A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi por isso que Carlos anafado levou um tiro nos coiratos quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço.

O pessoal assustou-se com o barulho e escondeu-se num buraco na Flandres onde continuaram a ouvir tiros mas apontados a eles e disparados por alemães.

Ao intervalo, já perdiam por muitos mas o desafio não chegou ao fim porque uma senhora... (vestida de branco) apareceu a flutuar por cima de uma azinheira e três pastores ficaram primeiro atónitos, depois morreram e ainda mais tarde foram beatificados.

Não fosse um velhote de botas, lá das beiras, a confusão tinha continuado mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa mesmo que andassem por ai a espalhar boatos.

Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho de cravos em cima do assunto.

Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar umas secas da Grécia na final.

A Europa desatou a despejar contos (diz-se que um milhão por dia ) para o jardim à beira mar plantado, mas as más-línguas dizem que Prof. algarvio, grande economista, só mandou fazer estradas, para se poder chegar a 120 à hora ao primeiro engarrafamento.

Desenvolvimento económico, nicles. Industria, química, investigação? Bah, essas tretas não eram para nós. Carros alta gama, especulação imobiliária e bolsista é que dão "status". O resultado está á vista.

Depois veio um mangão, diz-se que Durão, que quis ficar na fotografia, lá no meio do charco, e logo a seguir bazou para se exibir na Europa rica, deixando por cá um tal Sócrates que de filósofo não tem nada mas tem o nariz maior que o Pinóquio, e que em vez de, antes da bronca, ajudar as famílias à rasca, decide dar uma mãozinha aos pobres banqueiros, deixando o Zé a beira de um ataque de nervos.

E o Cavaco? O Cavaco foi com o Pai Natal... ou o palhaço no comboio ao circo.

Fim.

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