23 fevereiro 2011

Escolhas

Daqui a uns meses vou poder (ter que...) escolher uma especialidade para seguir.

Mais do que optar por uma especialidade médica ou cirúrgica; mais do que escolher entre tratar homens ou mulheres, miúdos ou graúdos, a coisa vai ter que pender numa balança bem mais profunda que infelizmente pesa dois mundos incompatíveis...

Daqui a 50 anos vou olhar para trás.
Hoje, prefiro sonhar que esse momento venha a ter que que legenda?

«Fui feliz. Fui uma grande médica. Salvei imensa gente e fui reconhecida pela dedicação aos meus doentes. Estive horas a fio no bloco operatório e fins-de-semana inteiros no hospital porque alguém precisou de mim. E tive uma família.»

«Fui feliz. Fui filha e irmã. Fui Mãe e mulher de alguém. Acompanhei a minha família nos bons e maus momentos. Estive com os meus filhos nas festas da escola e quando partiram a cabeça; quando morreu o cão e quando ganharam o jogo de futebol. Viajei pelo mundo e vivi imensas experiências de que não me vou esquecer. E fui médica.»

Qualquer uma é válida; nenhuma é errada. E a escolha é minha.

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