20 abril 2015

Raisparta a minha vida

Tinha uma viagem de comboio para fazer, nada de especial, duas horas que ía aproveitar para estudar. Trouxe o IPad com artigos descarregados para o Acrobat reader, não fosse o Wi-Fi da cp também estar de greve. Mulher prevenida vale por duas! Tudo teria corrido bem não fosse esta mulher ser a maior florinha de estufa de que há memória.
Correu mal ainda antes de começar. Fui comprar o bilhete com 5 dias de antecedência, sabia lá que já só apanhava um lugar de costas, no corredor e no último comboio da tarde! Enfim, pelo menos tinha bilhete e havia de chegar mesmo, mesmo à hora que precisava. Se o comboio não tivesse vindo com meia hora de atraso, claro. Mas o raio do Alfa anda para chuchu e havia de passar rápido... Ou não: logo havia de vir devagar, devagarinho, os travões a chiar e parando não sei quantas vezes. Manteve os trinta minutos de atraso, com não sei quantas pessoas à minha espera... Mas, enfim, voltando atrás, não havia de ser nada, vir aos solavancos de costas e na coxia! Pelo menos espreitava as vistas. Não, não espreitava. O meu lugar era daqueles em que só via parede.  O bocadinho da janela estava ocupado pela cabeçorra do meu vizinho do lado... Ainda peguei nos textos - cheia de boas intenções - mas fiquei logo enjoada que nem um carapau (um carapau enjoado, bem entendido). E assim fiquei até meia hora depois de ter posto o pé em terra firme, sempre com aquela sensação de quem navega vagalhões em mar alto. Ou então sou uma mariquinhas desgraçada.
Qualquer das hipóteses é tão agradável.

2 comentários:

  1. Looolll! Eu nao sou de enjoar, mas o ano passado fui ao porto de alfa e fiquei tao mas tao enjoada nao sei o que se passa, deve ser do comboio e eu nem ia de costas!! Os alfas devem estar amaldiçoados!

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    1. De carro, sim. Mas de comboio nunca me tinha acontecido...

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